sábado, 26 de maio de 2012

Frigoríficos: condições de trabalho são exigências para exportação



25/05/2012

No sul de SC, abertura de mercado para exportação de produtos de um frigorífico para a multinacional Nestlé exigiu a presença do sindicato da categoria e relatório sobre as condições de trabalho

Escrito por: Maristela Benedet - Imprensa Sintiacr

O conjunto de pressões em nível nacional e internacional no combate as condições de trabalho nas agroindústrias do país, já traz os primeiros reflexos positivos. Além das exigências rigorosas do mercado internacional no quesito dos produtos, as empresa estão começando a ver os trabalhadores com “outros olhos” e, adicionando critérios dentro das suas negociações comerciais no que se refere às relações de ambiente e condições de trabalho.  No sul de Santa Catarina, a abertura de mercado para exportação de produtos pela multinacional Nestlé (Suíça) de um frigorífico da região, produtor de cortes de aves, exigiu a presença do sindicato da categoria e relatório sobre as condições de trabalho.   

“O fato que nos trouxe satisfação, é que a luta no combate a imagem do trabalho duro e incessante, que adoece e mutila milhares de trabalhadores diariamente e, a forte pressão e mobilização em todo o país de pressão pela aprovação de uma Norma Regulamentadora (NR) para o setor, visando preservar a saúde da categoria, tiveram avanços e está mostrando seus resultados concretos e chamando atenção do mercado internacional”, relata Célio Alves Elias, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação de Criciúma e região (Sintiacr).

Segundo o sindicalista, entre os critérios relacionados pela auditoria contratada pela multinacional integravam a garantia do direito básico aos trabalhadores; liberdade de associação e direito as negociações coletivas respeitadas; horas trabalhadas e condições de trabalho s seguras e higiênicas; não a mão-de-obra infantil; pagamento de salários dignos e as horas de trabalho não excessivas; não permissão do Tratamento desumano e severo entre outros. A auditora coletou informações e entrevistou 32 trabalhadores sorteados.  Célio avalia que a sua participação e do presidente da Confederação, representando o Brasil em debates na América Latina no Chile e em Cuba, garantiu mais expressão a força da organização sindical dessa categoria.

O presidente da Confederação Nacional dos Trabalhadores nas Indústrias da Alimentação (Contac), Siderlei de Oliveira, acredita que todo o trabalho e participação da Confederação nas conferências internacionais e mobilizações nacionais, repercutiram na postura de várias empresas que estão implantando o relatório social.  “A partir das exigências de padrão internacional para a exportação, no que se refere também à situação dos trabalhadores no ambiente de trabalho, eles mudaram o olhar sobre o trabalhador e começam a se ajustam a estas exigências,” pondera.

Nenhum comentário:

Postar um comentário