terça-feira, 19 de junho de 2012

Chineses estão interessados na Busscar



Representantes do grupo Weichai Power visitam fábrica de carrocerias nesta segunda

Um segundo grupo chinês tem interesse na Busscar, que está em recuperação judicial. Integrantes do grupo Weichai Power, que fabrica motores a diesel, visitam hoje as instalações da fábrica de carrocerias de ônibus e da Tecnofibras. Eles vão se reunir com executivos do grupo joinvilense, que está em recuperação judicial.

Os chineses têm interesse em expandir suas atividades para a fabricação de ônibus. A visita foi agendada pela Virtus BR Partners, consultoria contratada pela Busscar para intermediar o contato com investidores interessados no negócio, e o banco britânico Barclays, que representa os chineses.

A Weichai Power é o 16° maior grupo mundial fabricante de máquinas pesadas, segundo a
"Forbes", uma das principais publicações americanas de negócios. Sediada em Weifang, no Leste da China, a empresa tem 38 mil funcionários e faturou US$ 9,51 bilhão no ano passado. A empresa tem uma disponibilidade de caixa estimada em US$ 1,69 bilhão.

O primeiro interessado chinês foi o Shandong Heavy Machinery Group. Um representante deste grupo participou da assembleia de credores e admitiu a possibilidade de apresentar uma proposta pela empresa joinvilense, podendo injetar R$ 130 milhões. A intenção não foi bem recebida pela Busscar, que passa por uma grave crise.

A empresa joinvilense também desperta interesse no Brasil. O principal atrativo é a capacidade instalada de produção. A demanda por ônibus está em alta no Brasil por causa da frota antiga e das necessidades geradas pela Copa de 2014 e pelas Olimpíadas de 2016.

Os principais credores da empresa devem apresentar uma proposta alternativa para a empresa até o final do mês. A continuação da assembleia interrompida em 22 de maio está programada para 7 de agosto, no Centreventos.
A NOTÍCIA

Um comentário:

  1. Ou os chineses exportam manufaturados para o Brasil ou compram as fábricas do país. Devagarinho, forja-se uma complementariedade entre as economias brasileira e chinesa. Nós produzimos commodities, eles produtos industriais de alto valor agregado. Será este o nosso destino?

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