Trabalhadores em greve na Índia, nesta quinta-feira, contra reformas
do governo.
REUTERS/Jitendra Prakash
RFI
Greve nacional na Índia paralisa várias cidades do país nesta
quinta-feira. O
movimento é em protesto contra reforma do governo, anunciada na semana
passada, que permite a entrada no mercado interno de multinacionais do setor
de distribuição.
A greve foi convocada por partidos de oposição, sindicatos e pequenos
comerciantes. Eles
temem que a chegada das multinacionais do setor de distribuição à Índia acabe
com os pequenos mercados, lojas e supermercados indianos. A paralisação
de 24 horas atinge o comércio varejista de várias cidades, mas também o
tráfico ferroviário e até escolas privadas. Cerca de 50 milhões de
trabalhadores aderiram ao movimento, segundo a principal central sindical
indiana.
Várias manifestações foram convocadas para hoje na capital Nova Délhi
e em outras cidades do país. Mumbai, a capital econômica da Índia, é uma das
únicas cidades a não ter aderido à greve. Os motoristas de ônibus e
caminhoneiros também devem cruzar os braços hoje para protestar contra o
aumento de 12% no preço dos combustíveis.
Esta é a segunda vez que o primeiro-ministro Manmohan Singh tenta
liberalizar o lucrativo setor da distribuição, avaliado em 470 milhões de
dólares por ano. Ele voltou a propor a reforma na semana passada com o
objetivo de estimular a economia. No ano passado o governo já tinha tentado
implementar a medida, mas teve que recuar diante da grande oposição até dentro
da coalizão governamental. A decisão autoriza grupos estrangeiros, como
Walmart ou Carrefour, a comprar até 51% do capital de lojas e mercados
varejistas multimarcas indianos.
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