terça-feira, 10 de dezembro de 2013

Dilma a Clinton: “BRASIL PAGA O PREÇO DE TER SIDO PENSADO COMO PAÍS PEQUENO”



Blog Democracia e Política


Por Fernando Brito

“No jornal ‘Estadão’, saiu um resumo do discurso feito pela Presidenta Dilma Rousseff no seminário promovido pelo ex-presidente americano Bill Clinton, no Rio.

Um “xô, urubu” para ninguém botar defeito.

E uma afirmação, diante de um interlocutor norte-americano, de que nossa solidariedade primeira é com a América Latina.

O “Estadão”, aliás, “comeu” um parágrafo importante, que reproduzo ao final, completando o texto.

Aliás, a entrevista de Clinton a “O Globo” é diplomática e respeitosa e crítica à espionagem realizada sobre o Brasil. Bem diferente do silêncio vergonhoso mantido por Obama sobre o assunto.

Do jornal “O Estado de São Paulo”:

EM DISCURSO NO RIO, DILMA DESTACA CONTROLE DA INFLAÇÃO

A presidente Dilma Rousseff disse na segunda-feira, 09, em evento do “Bill Clinton Global Initiative”, no Rio de Janeiro, que a solidez das finanças públicas e o controle da inflação são pilares da economia. A relação dívida pública e Produto Interno Bruto (PIB) chegou a um dos menores níveis em 2013, de 35%, segundo a presidente, que também destacou que a inflação fechou 2012 e vai encerrar 2013 em um nível de estabilidade, em torno de 5,8%, mantendo-se dentro da meta traçada nos últimos dez anos. Ela disse que, de devedor, o Brasil passou a condição de credor e hoje possui US$ 375 bilhões de reservas.

No discurso, Dilma afirmou também que o Brasil se torna, cada vez mais, uma terra de oportunidades. “Somos o terceiro país que mais atrai’ Investimento Estrangeiro Direto’ (IED). Estamos somente atrás de Estados Unidos e China, segundo a UNCTAD (Conferência das Nações Unidas para Comércio e Desenvolvimento).

Ela ressaltou, porém, que isso não significa que todos os problemas brasileiros estão resolvidos. “Por muitos anos, o Brasil foi pensado como um país pequeno. (Agora) temos enormes desafios, (uma vez que) pagamos por décadas de omissão na infraestrutura energética.” Ela disse, também, que por muitos anos o Brasil não se voltou para vizinhos da América do Sul e Caribe.

A presidente destacou os investimentos na melhoria de rodovias, ferrovias, portos e aeroportos, além do leilão do Campo de Libra de petróleo, que trará nos próximos 35 anos mais de R$ 1 trilhão de receita ao País. E destacou a recente inclusão social como fator dinamizador da economia nacional. “A atual expansão não se faz às custas de desigualdade social”, disse.

Na última década, segundo ela, foram criados 20 milhões de empregos formais. “Todo esse processo, aliado à democratização do crédito, contribuiu para a construção de um mercado de consumo de massa.”

E o que faltou na matéria:

A política salarial ensejou valorização do salário mínimo real. O salário médio real aumentou 27% no período. Também criamos quantidade significativa de empregos. Criamos este ano mais de 4,8 milhões de empregos até outubro, e chegaremos este ano a uma das menores taxas de desemprego de todos os tempos, o que coloca o Brasil numa posição invejável no mundo de hoje. Nos últimos dez anos, conseguimos criar 20 milhões de empregos formais”.

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