quinta-feira, 13 de março de 2014

Presidente da Ineos prevê “extinção” da indústria química europeia em dez anos

do ABIQUIM INFORMA (enviado pelo economista Thomaz Ferreira)
Em carta aberta ao presidente da Comissão Europeia, José Manuel Barroso, o presidente da Ineos, Jim Ratcliffe, alerta que a indústria química do continente caminha rumo à “extinção”. Para Ratcliffe, a maior parte das indústrias químicas europeias encerrarão as atividades de suas plantas nos próximos dez anos devido ao alto custo da energia e das matérias-primas. “Estrategicamente e economicamente, nenhuma grande economia pode abandonar sua indústria química”, argumenta Ratcliffe.
O presidente da Ineos compara a situação do setor químico à indústria têxtil da Europa da década de 1980, quando esta perdeu competitividade em relação à indústria asiática. Ele também destaca o fato de o gás norte-americano custar um terço do europeu, graças ao advento do shale gas, além da concorrência com as exportações chinesas. “No Reino Unido, 22 plantas químicas foram fechadas desde 2009 e nenhuma nova foi construída”, lamenta.
A carta de Ratcliffe segue o mesmo discurso de Hubert Mandery, diretor-geral do Conselho da Indústria Química Europeia. Para Mandery, as políticas europeias de mudanças climáticas sobrecarregam a indústria do continente com custos mais elevados do que os dos concorrentes que, além de tudo, ainda são beneficiados por uma energia mais barata.

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