Meus amigos,
Estou aqui para convocar os intelectuais
brasileiros a votarem pela reeleição da Presidente Dilma Rousseff. Esta
é novamente uma eleição em que se confrontam pobres e ricos,
Progressistas e conservadores, Esquerda e direita, Desenvolvimentistas e
neoliberais.
Ora, nesse quadro, não há dúvida em quem votar. É necessário votar no candidato que representa os pobres ou os trabalhadores;
No candidato que é progressista ou de centro-esquerda,
No candidato que está comprometido com os pobres e as novas classes médias, não com os ricos e a classe média tradicional;
No candidato cujo compromisso seja
continuar a avançar nas conquistas sociais destes últimos doze anos, não
em congelá-las e fazê-las regredir;
No candidato que além de defender os
interesses dos pobres, defende também os interesses dos empresários que
investem e criam empregos;
No candidato que defende o Brasil,
porque defende o nacionalismo econômico e a soberania nacional, ao invés
de o liberalismo econômico e a dependência ou o colonialismo;
No candidato que é desenvolvimentista,
porque sabe que é necessário combinar mercado e Estado, ao invés de
professar o credo neoliberal do Estado mínimo;
No candidato que sabe que não basta
responsabilidade fiscal (que não basta controlar as despesas públicas);
que é também necessária responsabilidade cambial, ou seja, a busca do
equilíbrio comercial ou da conta-corrente do país;
No candidato desenvolvimentista que
defende um pacto político social-democrático que envolva os empresários,
os trabalhadores e a nova classe média;
No candidato que rejeita a coalizão
rentista ou neoliberal – o acordo dos muito poucos que une os
capitalistas e as classes médias rentistas aos financistas e aos
interesses estrangeiros, que rejeita o acordo de muito poucos em favor
de juros reais altos e câmbio apreciado.
Eu sei que essa coalizão de interesses financeiros se declara representar a razão econômica universal;
Eu sei que ela engana a muitos, que
acreditam que o neoliberalismo pode levar ao desenvolvimento econômico e
mesmo à justiça social;
Mas não tenham dúvida: o neoliberalismo
aprofunda sempre as desigualdades, e – o que é pior – leva sempre os
países em desenvolvimento ao baixo crescimento e à crise financeira;
Sim, ao baixo crescimento e à crise da
dívida externa, porque o liberalismo econômico defende déficits em
conta-corrente crônicos, que mais cedo ou mais tarde levam o país a
quebrar e a pedir socorro ao FMI.
Meus amigos, no próximo domingo nós, brasileiros, temos uma decisão crucial a tomar:
– Ou continuamos a promover o desenvolvimento econômico e a diminuir as desigualdades, ou nos entregamos ao rentismo e ao neoliberalismo;
– Ou nos inserimos na economia mundial em termos competitivos, ou nos submetemos aos países ricos;
– Ou continuamos a construir uma nação que cresce com diminuição das desigualdades, ou entregamos nossa soberania aos interesses estrangeiros.
– Ou continuamos a promover o desenvolvimento econômico e a diminuir as desigualdades, ou nos entregamos ao rentismo e ao neoliberalismo;
– Ou nos inserimos na economia mundial em termos competitivos, ou nos submetemos aos países ricos;
– Ou continuamos a construir uma nação que cresce com diminuição das desigualdades, ou entregamos nossa soberania aos interesses estrangeiros.
A presidente Dilma está a um passo de ser reeleita.
Os pobres sabem que ela os defende, e por isso votam nela; já os ricos, votam praticamente todos no candidato da direita, porque assim defendem seus interesses.
Os rentistas estão hoje ressentidos. Doze anos de governo de esquerda já basta para eles.
O sistema financeiro e seus economistas, que representam os interesses rentistas e externos, reúnem todas as suas imensas forças contra a presidente Dilma Rousseff.
Os pobres sabem que ela os defende, e por isso votam nela; já os ricos, votam praticamente todos no candidato da direita, porque assim defendem seus interesses.
Os rentistas estão hoje ressentidos. Doze anos de governo de esquerda já basta para eles.
O sistema financeiro e seus economistas, que representam os interesses rentistas e externos, reúnem todas as suas imensas forças contra a presidente Dilma Rousseff.
Mas isto não impedirá que Dilma seja
reeleita. Mas isto não impedirá que o Brasil continue realizando uma
revolução democrática e progressista.
Muito obrigado,
Luiz Carlos Bresser Pereira
Luiz Carlos Bresser Pereira
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