terça-feira, 20 de janeiro de 2015

Centrais rejeitam explicação de ministros e reafirmam luta contra corte de direitos


Do Boletim eletrônico da Agência Sindical
 
Os quatro ministros enviados a São Paulo para convencer o sindicalismo de que o pacote fiscal - baixado na virada do ano - não lesa direitos voltaram a Brasília sem ter cumprido a missão.
Miguel Rossetto (Secretaria-Geral da Presidência); Manoel Dias (Trabalho e Emprego); Nelson Barbosa (Planejamento); e Carlos Eduardo Gabas (Previdência) não convenceram. Já as Centrais reafirmaram sua disposição unitária de combater o pacote - em negociações, mobilizações e pressão junto ao Congresso Nacional.
Força - Miguel Torres, presidente da Força Sindical, observa que o governo “mandou um time pesado”, para convencer que não há perda de direitos. “Os ministros foram habilidosos, mas não convenceram. As Centrais mantêm a posição pela revogação imediata das medidas”. Miguel aponta que o caminho dos trabalhadores é a mobilização.
Negociação - Governo e Centrais convergiram numa providência, que é a análise conjunta, por técnicos (pelo sindicalismo, o Dieese), das medidas do pacote fiscal. Já se sabe, por exemplo, que as novas regras do seguro-desemprego deixam de fora dos benefícios um grande contingente de trabalhadores. Miguel Torres observa: “Medidas drásticas só para o nosso lado. Da taxação de grandes fortunas, por exemplo, nada se fala”.
UGT - Durante a reunião, a União Geral dos Trabalhadores fez circular o documento “Não ao arrocho fiscal trabalhista; e sim à reforma fiscal” (a Agência Sindical vai repercutir esse documento).
Calixto - No início da noite, a Agência falou com José Calixto Ramos, prestes a embarcar de volta a Brasília. O presidente da Nova Central considera positivo o restabelecimento do diálogo, mas entende que a negociação com o governo precisa ser ampla. “A Pauta Trabalhista está parada e as discussões sobre sua implementação precisam ser retomadas”, ele diz.
O dirigente mantém posição de que as Medidas Provisórias precisam ser retiradas e aponta que o Congresso Nacional deve ser o palco das articulações do sindicalismo. Com o governo, adianta Calixto, deve acontecer nova reunião das Centrais dia 3 de fevereiro.
MAIS - A cobertura do encontro das seis Centrais e quatro ministros prossegue amanhã no Repórter Sindical e também em nosso site.

Nenhum comentário:

Postar um comentário