quarta-feira, 11 de março de 2015

Terrorismo, mentiras e pedofilia na pedagogia do Globo, por J. Carlos de Assis

José Carlos de Assis


Terrorismo, mentiras e pedofilia na pedagogia do Sistema Globo
J. Carlos de Assis*
Graças a Deus não temos terroristas no Brasil. Se tivéssemos, e se fossem do tipo dos que metralharam os cartunistas do Charlie Hebdo, em Paris, há semanas, algum jihadista revoltado com a charge do Caruso, no Globo, talvez resolvesse por em prática sua sugestão: cortar a cabeça, fisicamente, da Presidenta Dilma Roussef em nome de alguma guerra santa genérica, lembrança entre nós do lacerdismo em sua campanha contra a corrupção, mesmo depois de se tornar público que a Presidenta não foi sequer investigada na Lava Jato.
A liberdade “sem limites” do chargista brasileiro, que se denomina dois em um por causa do irmão gêmeo, é da mesma espécie da dos franceses. Não há nenhuma regra moral, nenhuma regra de conveniência, nenhuma regra de respeito à liberdade do outro que se contraponham ao sagrado direito de livre expressão. A cruzada, não só do Globo mas de toda a grande mídia escrita brasileira, assim como da maioria das televisões, é no sentido de enxovalhar a vida privada e pública dos cidadãos  em  nome da liberdade de imprensa.
Ah, dizem eles, as pessoas tem o direito de ir à Justiça para reclamar contra injúria, calúnia e difamação praticadas pela imprensa, como prevê o Código Civil! Mas como, se elas coincidem com a publicação da ofensa? O que sai publicado no Brasil vale como verdade, sobretudo quando o noticiário televiso cobre as infâmias do meio jornalístico. Na maioria dos casos, a Justiça se sente intimidada pelo poderio dos jornais, revistas e televisões, que, sobretudo quando oligopolizados, caso do sistema Globo, se protegem reciprocamente num conluio criminoso contra toda investigação de seus atos, que chegam à exaltação indireta do próprio terrorismo. Não seria o da imprensa, entre nós, e no Ocidente dito democrático, o verdadeiro terrorismo?
Tenho mais de 35 anos de jornalismo e jamais vi, exceto às bordas de 64, neste caso pela ação extremada de ação e reação do lacerdismo, uma situação política tão exacerbada.  A culpa é exclusivamente da imprensa. Depois dos anos de chumbo da ditadura – que durante muitos anos, por orientação de um livro de Fernando Henrique, chamei “carinhosamente” de autoritarismo -, a imprensa se posicionou crescentemente do lado oposto, num movimento dialético pendular da história, caracterizado por extremos dos dois lados.
Creio que chegamos ao momento da síntese que é o resultado de uma interação dinâmica entre opostos. Momentos como esse costumam ser caóticos. Na Teoria do Caos, ou pela Segunda Lei da Termodinâmica, a superação de situações caóticas como esta implica a completa degeneração do velho. Em outras palavras, é o momento da depuração do Executivo, do Legislativo e, por que não, do Judiciário. Os dois primeiros já estão sendo depurados; no caso do Judiciário, convém apoiar a iniciativa do Senador Renan para uma CPI do Ministério Público.
O jihadista que, pela mão de Chico Caruso, pretendeu degolar Dilma, não representa o povo brasileiro. Ela, como todo mundo, tem pontos fracos e fortes. No curto prazo, enquanto Presidenta eleita legitimamente, ela terá de se valer de todos os seus pontos fortes para inibir o golpe em andamento e para tirar o Brasil do caos. Acho que tem competência para isso. E é o que vamos demonstrar no Rio, no dia 13, na Av. Chile, estendendo-se até a Cinelândia, num comício em defesa da Petrobrás, da Engenharia Nacional e de uma política verdade de cunho social-desenvolvimentista.
A propósito, antes de terminar: onde estavam os irmãos Caruso quando  Dilma era torturada de verdade nos porões da ditadura militar? Estavam aprendendo a desenhar? Ou estariam ensinando desenho  para quem fez a legenda da camiseta  de Luciano Huck, “vem nimim que tô facim”, exibida publicamente por uma menina de uns 12 anos no seu programa da Globo - num caso que, se não fosse de gente dela, a Globo descreveria como exaltação da pedofilia? Será que essa TV tem dono para responder por isso? Se tiver, vale a pena aplicar nele a jurisprudência nazista do “domínio do fato”,  invocada por Joaquim Barbosa e tão exaltada pela  Globo  no caso do mensalão!
*J. Carlos de Assis - Jornalista, economista, doutor em Engenharia da Produção pela Coppe/RJ, autor de mais de 20 livros sobre Economia Política, sendo o mais recente “A Razão de Deus”, pela Civilização Brasileira.


Nenhum comentário:

Postar um comentário