quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Daniel Scioli é o favorito para ganhar as eleições na Argentina

Stella Calloni - La Jornada. Matéria extraída da Carta Maior
A uma semana das eleições presidenciais, a candidatura da Frente para a Vitória (FpV), composta por Daniel Scioli e Carlos Zanini, continua em primeiro lugar nas pesquisas, com tendência a chegar aos 41% dos votos no domingo, enquanto a coligação Cambiemos (“mudemos”), da dupla Mauricio Macri e Gabriela Micheti, continua em segundo lugar, com 28%.

Vários institutos de pesquisa admitem que Scioli tem chances reais de vencer no primeiro turno, superando os 40% dos votos válidos e impondo uma vantagem de mais de dez pontos percentuais de diferença sobre Macri. Scioli possui atualmente 37,9% das intenções (40,9% considerando os votos válidos), segundo uma pesquisa do Centro de Estudos de Opinião Pública (CEOP) divulgada neste domingo.

O terceiro colocado na corrida é Sergio Massa, da Frente Renovadora, com 22% das intenções e poucas chances de ultrapassar Macri, menos ainda de sonhar com um segundo turno.

Em quarto lugar aparece a Aliança Progressista, com a única mulher que disputa a presidência, Margarita Stolbizer, com 4,4%, três a mais que o candidato da Frente de Esquerda, Nicolás del Caño.

O instituto CEOP é administrado pelo sociólogo Roberto Bacman, quem afirma que o candidato presidencial Daniel Scioli consolidou sua posição e é o único que pode vencer sem precisar de um segundo turno – uma possibilidade, segundo ele, bastante viável.

Bacman também considera que Macri se estabilizou no segundo lugar. “Massa conseguiu uma guinada importante nas últimas três semanas, mas não o suficiente para chegar a um hipotético segundo turno, mas é importante citar que, considerando os votos obtidos nas primárias, deve aumentar a sua votação bem mais que Macri”, analisa o sociólogo.

De acordo com Raúl Kollman, analista do diário Página/12, “a maioria dos consultores se surpreendem com o fenômeno que está se vendo nesta eleição: o voto útil pedido por Macri não apareceu ainda, não há polarização, e inclusive se pode falar do contrário”. Realmente, os que registram crescimento são os candidatos que aparecem no terceiro, quarto e quinto lugares, e nesse cenário, Massa vem sendo o principal beneficiado. Por isso, não se deve descartar a possibilidade de um segundo turno.

A candidatura governista tenta evitar esse cenário, fortalecendo a mobilização, com o apoio mais ativo da presidenta Cristina Fernández de Kirchner, que conseguirá a maior popularidade já registrada por um mandatário na Argentina ao deixar o poder, desde o retorno da democracia, em 1983 – além de concluir o mandato mais longo da história do país, considerando apenas os presidentes que chegaram ao poder sem golpes de Estado.

Tradução: Victor Farinelli






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