sexta-feira, 30 de outubro de 2015

QUEM GANHA COM A CRISE E O IMPEACHMENT?

Extraído do blog Democracia & Política



QUEM GANHA?

O Brasil caótico de hoje parece incoerente porque todos perdem. Mas se existe todo esse dispendioso esforço de cultivo da crise, alguém com certeza o financia e ganhará com o caos.


O lado perdedor é óbvio. Com pouquíssimas exceções, todos os brasileiros perdem. 

O impressionante é que muitos participam de corpo e alma da forte e persistente campanha destruidora suicida, incutindo, repercutindo e estimulando o derrotismo, causando a paralisia do país, o desestímulo ao consumo, 
o retrocesso da economia, o desemprego, falências, enfim, miséria. 

Os efeitos da batalha já atingem e atingirão ainda mais a população, mas também não escaparão os ricos do 1%, seus filhos e netos. 

Tenho certeza que muitos não são burros e têm consciência que estão cavando e caindo em direção ao fundo do poço. 

Se até este simples blog percebe que é um tiro no pé essa campanha midiática gigantesca e destruidora que assola o país, com certeza muitos dos seus participantes [na mídia, no Congresso, nos tribunais, no MPF, na PF, STF, nos partidos da direita (PSDB, DEM, Rede, PPS, SD), nas redes sociais, empresários, banqueiros nacionais], também têm percepção de que isso nos conduz para a tragédia, e que eles irão juntos. 

Então, qual é a lógica masoquista da criação do caos? Quem ganha 
com essa loucura de suicídio coletivo econômico e social dos brasileiros?

Com certeza, há um pote de ouro no fundo do poço que motiva e atrai como um imã. Mas quem usufruirá do pote de ouro e espertamente está forçando os brasileiros a imbecilmente cavar em direção a ele?

Sempre quando não percebo bem o que ocorre no meu entorno, procuro entender o conjunto maior, com visão mais global.

O dinheiro, há milênios, está no centro de tudo. O mundo, nos últimos tempos, está sob o comando coordenado de poucos megaempresários financeiros. Eles negociam diariamente trilhões de dólares, em grande parte virtuais. 
Disfarçada e eufemicamente, eles são chamados de "o mercado". Grandes empresas multinacionais são importantes, mas não têm o enorme poder decisório harmonizado dos megabanqueiros.  Eles são os donos do mundo. As grandes potências, como os EUA, são em essência seus exércitos, para impor pela força, quando necessário, o que interessa a esses quase anônimos poucos megaempresários financeiros. Nada acontece no mundo fora do interesse e do alcance deles. 

Até os norte-americanos não percebem que lutam e morrem por interesse desse "mercado". Por exemplo, as famílias recebem seus filhos de volta do Iraque dentro de caixões enrolados na bandeira dos EUA, e orgulhosas se perfilam ao toque fúnebre do clarim, acreditando que eles morreram "pela democracia e pela liberdade". Não sabem que a guerra foi para cumprir ordens determinadas pelos donos do mundo para se apropriar do petróleo e lá colocar suas empresas vendendo em petrodólar, gerando mais lucro e riqueza para os megabanqueiros.     

E o caos no Brasil, o que isso interessa a esses donos do mundo?

Simplificando e resumindo, opino: 

O pré-sal é o pote de ouro. São muitas dezenas de bilhões de barris de petróleo em reservas já identificadas, significando trilhões de dólares reais, não virtuais. Para o megamercado financeiro, quanto mais rápido esse petróleo for explorado e comercializado, não interessa por quem, maior e mais rápido será o fluxo financeiro mundial e mais lucros em menor prazo ganharão os megabanqueiros.

A decisão do Presidente Lula de impor por lei o modelo de partilha no pré-sal, com a Petrobras obrigatoriamente operadora, com a imposição de conteúdo nacional e de crescimento da produção de acordo com as necessidades e possibilidades de investimento brasileiras, foi o começo do caos comandado de fora para dentro do Brasil. Caos movido a muito, muito dinheiro. 


Tentaram de todos os modos derrubar Lula. Sangrando, ele ainda conseguiu eleger Dilma. 

Quando ela também demonstrou firmeza em manter os mesmos parâmetros para o pré-sal ser prioritariamente benefício para os brasileiros e não para os megabanqueiros e petroleiras estrangeiras, foi desencadeada nova etapa da guerra. É a grande crise que vivemos. Mais intensa a partir de 2013, com grandes e violentas manifestações de rua (por pretextos ridículos: não aumento de R$ 0,20 nas passagens de ônibus, catraca livre, não realização da Copa etc), com violência e destruição do patrimônio público e privado. Essa fórmula, desestabilização e mudança para um novo governo submisso "ao mercado", já foi adotada com êxito em várias partes do mundo. Porém, apesar das manifestações de rua, da campanha intensa e diuturna na mídia, com acusações falsas ao PT nas capas das revistas, em grandes manchetes, em todos os telejornais, ainda assim, ocorreu a reeleição de Dilma. 

Desde então, bateu o desespero na direita. Chegamos ao ponto de o Brasil estar morrendo por enlouquecidas tentativas de impeachment da presidente para colocar de algum modo a direita "do mercado" no poder, até mesmo por meio de "intervenção" militar. Campanha essa com a integral participação da mídia e de grande parcela de políticos, juízes, delegados, coxinhas da elite sem cérebro, altas patentes militares, todos ingênuos (ou não?). Como citamos no caso dos soldados norte-americanos que pensam lutar e morrer por causa nobre em guerras de intervenção mundo afora, aqui também muitos lutam e sofrem sem perceberem que estão sendo marionetes de grandes interesses financeiros mundiais, cavando o próprio túmulo e o de suas famílias.

Ao final, com o Brasil fraco e moribundo, será fácil para os megabanqueiros mundiais e seus comandados se apropriarem e explorarem nosso petróleo e outras nossas riquezas trilionárias. 


E os brasileiros que ainda restarem? Com certeza, como já usual, PSDB, DEM, Rede, PPS, SD, juízes, jornalistas, os donos da mídia, ajudarão os novos donos do Brasil, e contribuirão para a "modernização", privatizando (estrangeirizando) a Petrobras, o Banco do Brasil, BNDES, Caixa etc, "flexibilizando" as leis trabalhistas, eliminando direitos e baixando salários, tudo para nos tornar escravos "mais competitivos" e aumentar os lucros dos exploradores estrangeiros. Haverá mutantes. Até o PMDB do Vice-Presidente Temer já se assanhou e se antecipou, e ontem divulgou uma carta com sua estratégia mais do agrado do "mercado", inclusive, eliminando a obrigatoriedade do modelo de partilha no pré-sal, propondo a volta do dadivoso modelo tucano de "concessão", muito cobiçado e mais generoso para as petroleiras estrangeiras. Talvez, o matreiro Temer esteja dizendo: "tirem a Dilma que já estou preparado para ceder tudo a vocês"

Esse é o pote de ouro no fundo do poço. 

Vale a pena nosso sacrifício e de nossas famílias para enriquecer ainda mais os megabanqueiros?

FONTE: imagem obtida no google e texto escrito por este blog 'democracia&política'.

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