sábado, 13 de fevereiro de 2016

A “mudança” do Lula: vira-latas não sabem fazer contas, só fofocas

caixa
Lula ocupou a Presidência da República por oito anos.
Como cada ano tem  52,1429 semanas (52 semanas e mais um dia) e os anos bissextos têm 52,2857 (52 semanas e mais dois dias), entre a posse de Lula e o final de seu segundo mandato, existiram 417,4214 semanas.
Se o ex-presidente usou 200 caixas em sua mudança, deixando de lado que parte do seu conteúdo tenha vindo com ele para o Palácio da Alvorada, tem-se, então, que Lula “juntou” menos de meia caixa por semana, entre objetos de toda espécie, papéis ou lá o que seja. Que foram entregues – uau! – no super-secreto sítio, o único “aparelho” que dá endereço e ainda referência de como ser encontrado….
Bem, vamos às tais “37 caixas de bebida”.
Vamos esquecer que “caixa de bebida” em linguagem de mudança, são aquelas que têm divisões internas de papelão e servem tanto para garrafas quanto para copos, taças ou outros objetos frágeis que possam se partir na viagem.
Fossem as 37 de bebida, mesmo, a 12 garrafas (e olhe lá se eu faria a mudança de um presidente correndo o risco de ter tantas por embalagem), são 440 garrafas, no total. Uma por semana, aproximadamente.
Exercício simples: se Lula tiver ganho uma dúzia de garrafas de cachaça, uísque, licor, espumante, champagne, suco de uva (eu ganhei uma do MST), vinho, vodca, sidra (sabe como é pobre, né?) a cada aniversário (oito) e a cada final de ano (oito também), são 16 dúzias, ou 192 garrafas. Imagine  aí que alguém seja gentil ao ponto de dar um presentinho a D. Mariza, quem sabe uma garrafinha de vinho branco  ou um licorzinho de jenipapo, ou uma boa pinguinha da roça a ele, uma garrafa por mês, inteirando uma dúzia por ano. São mais oito dúzias, 96 garrafas.
Agora bote aí que o Lula – assim como eu ou você faríamos – tenha voltado de suas viagens à Itália, França, Espanha, Portugal (nem vou contar a Argentina e o Chile, para não desagradar a turma do “vinhos finos”) – trazendo uma caixa de vinho. Como foram 27 passagens por estes países em seus oito anos de mandato, são – ai, jesus! – 27 dúzias, ou 324 garrafas!
Somou? Dá 612 garrafas e, a uma dúzia por caixa, 51 caixas. Deu uma boa ideia, né?
Como se vê é o tipo de aritmética para fazer escândalo e iludir os babacas.
Meu velho avô, todas as noites, tomava, como bom filho de português, uma cerveja preta, que tem 600 ml. Uma, nem mais, nem menos. Eu também poderia dizer que o velho, durante os mesmos oito anos de Lula no Planalto, tomaria 1,7 mil litros de cerveja, ou quase duas caixas d’água.
Mas o jornalistas que reviram latas de lixo não têm vergonha de fazer isso.
O negócio é gritar: 37 CAIXAS!
Quantas caixas de champagne foram gastas, de “cortesia”, por Fernando Henrique Cardoso no réveillon de 2000, no Forte de Copacabana, segundo a Época doados pela M. Chandon? Isso para a patuléia, porque, segundo a revista,  a mesa presidencial era abastecida de champanhe Crystal, francês, safra de 1950“.
A safra comercial, com seis anos e não o de uma supersafra de 40 anos , custa a bagatela de R$ 1,9 mil a garrafa.
Como diz o vendedor, “um champagne exclusivo, superlativo, o rei dos Champagnes, o Champagne do tsar, o champagne dos reis, engarrafado em flacões do mais nobre e do mais puro cristal: o Cristal de Baccarat. Daí o nome que o consagrou. Uma jóia de exceção. Não havia recepção na corte imperial russa sem Champagne Cristal Roederer. A partir de então, a maison Roederer passou a enviar-lhe anualmente sua melhor cuvée. É o néctar dos Deuses, dos reis, dos tsares…’
Este, claro, pode…
O outro?
Ah, o outro os procuradores, que ganham só  de auxílio moradia o suficiente para comprar por mês 15 caixas daquele chileninho básico com que eu ou você nos damos por muito bem servidos, vão investigar…

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