Os
trabalhadores do Grupo Weg (Motores, Automação, Transmissão e
Distribuição, Exportação e Corporativo) votam hoje (1º) a proposta da
empresa de reduzir a jornada de trabalho em 9,33% e os salários em 7%,
na média, pelo prazo de 90 dias. A votação é secreta, sendo que a coleta
de votos e a apuração será acompanhada por diretores do Sindicato dos
Trabalhadores Metalúrgicos. Caso a proposta seja aprovada, os
trabalhadores deverão folgar sempre às sextas-feiras, nas seguintes
datas: 10 e 17 de junho; 1º, 8 e 22 de julho; e nos dias 12 e 19 de
agosto. Na semana passada, uma proposta parecida, porém, com redução de
17% na jornada de trabalho e de 13% nos salários, foi aprovada por mais
de 80% dos quase 1600 trabalhadores da Weg Energia.
Durante
os dias 30 e 31 de maio, os dirigentes sindicais reuniram os
trabalhadores do Grupo Weg em uma série de Assembleias para esclarecer
as dúvidas e orientar sobre o processo de votação. O presidente do
Sindicato, Silvino Volz, lembrou que a proposta levada à apreciação dos
trabalhadores foi amplamente negociada entre o Sindicato e
representantes da Weg. "A proposta de redução é bem diferente do que
prevê a legislação, de 1965, que estabelece redução de até 25% na
jornada e no salário, e bem menor do que propunha a empresa
inicialmente", disse Silvino, "especialmente porque é menos agressiva na
questão salarial". E reforçou: "A responsabilidade é difícil, para o
Sindicato e o trabalhador, afinal, o emprego é nosso maior patrimônio".
De
janeiro a maio deste ano, a Weg demitiu 1.060 trabalhadores. O Acordo,
se aprovado, não garante a estabilidade, mas exige que a empresa
mantenha o nível de emprego (média de admissões e dispensas) do ano de
2015. Caso a dificuldade econômica perdure, a empresa poderá prorrogar o
período de redução da jornada e salário por mais 90 dias, desde que
mantidos os mesmos critérios do Acordo e que o Sindicato seja comunicado
com 10 dias de antecedência. Se houver qualquer alteração na proposta
original devem acontecer nova assembleia e votação. Todos os mais de 12
mil trabalhadores do Grupo Weg assinaram a presença nas assembleias já
que, se aprovado, o acordo deve ser homologado pelo Ministério do
Trabalho e Emprego.
Texto enviado pelo jornalista Sérgio Homrich
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