segunda-feira, 31 de outubro de 2016

13º salário deve injetar quase 200 bilhões na economia brasileira (entrevista)

http://www.acaert.com.br/13o-salario-deve-injetar-quase-200-bilhoes-na-economia-brasileira#.WBeJxdUrLcs

Lula mostra que conhece o Brasil como ninguém.

https://www.facebook.com/OCafezinho/videos/1222633451093119/

Artigo de advogado do Presidente Lula desmascara Lava Jato (mais ma vez).

O Sensor Econômico publica artigo de Cristiano Zanin, advogado do Presidente Lula,publicado na Folha de domingo. Artigo transcrito no Conversa Afiada Oficial. 


A Lava Jato promove verdadeira guerra jurídica, mediante o uso manipulado das leis e dos procedimentos jurídicos, para perseguir seus inimigos políticos, fenômeno que é documentado por especialistas internacionais como “lawfare”.
Por que será que o PSDB não está dentre os partidos “mais atingidos” pela Lava Jato? Por que documentos que envolvem seus políticos tramitam em sigilo, em nome do “interesse público”, ao passo que aqueles relativos a Lula, inclusive os que têm sigilo garantido pela Constituição Federal, são devassados e expostos a todos em nome do mesmo “interesse público”? Não há como responder. Uma rápida consulta às reportagens produzidas pela própria Folha - a exemplo de outros veículos de imprensa - comprova a tese de dois pesos e duas medidas. Há muito a mídia perdeu sua imparcialidade.
Nações desenvolvidas não permitiriam que a Lava Jato deixasse de cumprir a lei, como ocorre no Brasil. Mas os procuradores não pensam assim, bem como o próprio TRF4, que julga os recursos da Lava Jato. Quando a lei é deixada de lado – seja por qual motivo for -, é o próprio Estado Democrático de Direito que está em risco. Você que está lendo esta publicação aceitaria ser investigado e julgado sem o rito das leis, mas, sim, pelas regras de conveniência de procuradores e juízes – por melhores que sejam suas intenções? É evidente que não!
Cada alegação dos procuradores em relação a Lula foi fulminada no campo jurídico por peças robustas que apresentamos nos autos e que podem ser consultadas em www.abemdaverdade.com.br. Ou seja, no plano estritamente jurídico, as frívolas acusações foram todas superadas pela defesa. Mas a Lava Jato, ao menos em relação a Lula, não busca o debate jurídico, mas o uso da violência da lei para promover perseguição política. Pretende reescrever a história. Pretende desconstruir a imagem e a reputação do ex-Presidente. E, para isso, usam da aparência da legitimidade de um procedimento, que devido processo legal nada tem!
Não é preciso ir longe para perceber isso. A denúncia apresentada contra Lula em 14/09/2016, com 172 páginas, não é uma peça jurídica; mas política. Aliás, depois que o próprio juiz Moro reconheceu, em recente despacho, que nenhum recurso relativo aos três contratos da Petrobras ali tratados foi destinado “diretamente a Lula”, a acusação perdeu qualquer sentido. Mas esse fato foi usado não para encerrar o caso, como seria de rigor, mas para indeferir provas que foram requeridas!
Se os procuradores e o juiz do caso efetivamente buscassem uma investigação legitima e dentro do devido processo legal, não estariam focados em uma pessoa – Lula -, mas sim em fatos. Não estariam promovendo acusações sem materialidade em rede nacional, com auxílio de assessoria de imprensa e, ainda, o uso de powerpoint semelhante a similar até já condenado pela Suprema Corte Americana, por violar a garantia da presunção de inocência. Não estariam violando inúmeras garantias fundamentais e desafiando até mesmo alguns dogmas do direito de defesa – como, por exemplo, ao grampear advogados formalmente constituídos (mesmo após terem sido alertados 2 vezes para empresa de telefonia) e divulgar as conversas mantidas com seu cliente.
Há, ainda, um derradeiro aspecto que deve ser registrado. O artigo de hoje pretendeu legitimar as ações da Lava Jato, citando o exemplo de combate à corrupção promovido por Hong Kong. MAS O EXEMPLO MOSTRA JUSTAMENTE O CONTRÁRIO! Aquele país, após constatar que a polícia e o ministério publico não estavam efetivamente preparados para promover o combate ISENTO à corrupção, adotou o sistema do ICAC – Independent Comission Against Corruption. Toda investigação relacionada à corrupção do sistema eleitoral, do judiciário e de outras áreas especificas é realizada naquele País por comissões INDEPENDENTES multidisciplinares – com máximo respeito às garantias individuais, que, posteriormente, entregam o resultado a um comitê de procuradores que irá decidir se é o caso de buscar a punição funcional ou penal dos envolvidos.
LÁ, OS MEMBROS DO MINISTÉRIO PÚBLICO (E MUITO MENOS O JUIZ QUE IRÁ JULGAR O CASO) NÃO PARTICIPAM DIRETAMENTE DA INVESTIGAÇÃO E, PORTANTO, NÃO FICAM “CONDENADOS A CONDENAR” ALGUÉM, COMO ESCREVEU LULA EM ARTIGO PARA A FOLHA. Nós sempre citamos o exemplo de Hong Kong como um CONTRAPONTO aos abusos da Lava Jato. Diga-se de passagem, ainda, que a Lava Jato, neste ponto, viola até mesmo o que foi decidido pelo STF no RE 593.727, que reconheceu o poder de investigação do Ministério Público apenas em situações excepcionais, quando a política não tem condições de promover a investigação.
Na Lava Jato todos - polícia, MPF e juiz – investigam, acusam e julgam! Enfim, a deturpação, a seletividade e a perseguição saltam aos olhos. E os procuradores precisam realmente conhecer o sistema de Hong Kong para verificar que lá eles não cometem os erros que estamos cometendo no Brasil, colocando em risco não apenas os empregos, a economia, mas, sobretudo, o Estado Democrático de Direito.

Rússia denuncia: os Estados Unidos deram o golpe no Brasil com ajuda de traidores brasileiros

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Querida Professora Renata da Cunha Jamardo Beiro, Goiânia, GO

Prazer dedicar esta “carta” denúncia a uma corajosa mulher. És animada pelo dom da poesia, por isso és sensível e emocionada com a vida e com seus desdobramentos nas curvas das crises e solavancos, muitas vezes cruéis e danosos, que somente abatem aos fracos e covardes!

Neste 2016, com a direita internacional em colaboração com os traidores nacionais preparando o bote em nossas riquezas desde 2002, sofremos o mais profundo golpe de Estado contra a soberania nacional e contra a democracia, com desdobramentos graves nas eleições de 02 e de 30 de outubro.

Faço palestras, algumas pagas porque sou um profissional, outras gratuitas a igrejas, faculdades, universidades, escolas e movimentos sociais e em todas denuncio o golpe e seus diabólicos bastidores.

Alguns de meus leitores, embalados pelo analfabetismo funcional e político, me criticam violentamente me acusando de não ser religioso por  só tratar, segundo eles, dessas coisas políticas, sociais, econômicas e culturais. Essas “coisas do homem e da carne”. Com os menos ensandecidos e fascistas tento dialogar explicando que minha honestidade de consciência, que tive a honra de fundamentar no bom seminário que fiz em Porto Alegre, onde convivi com mentes brilhantes e com profetas envolvidos na libertação popular, me empurra para os caminhos trilhados por pessoas reais – terráqueas – e não só celestiais. Lá aprendi com o teólogo alemão Karl Barth que os cristãos devem ler a Bíblia com uma das mãos e os jornais com a outra. Evoluí desse princípio para a compreensão de que se deve contar com as ciências política e econômica para analisar a realidade e com a militância para transformar a sociedade. Desde cedo aprendi com Karl Marx, nas suas testes à Feuerbach, que não basta interpretar o mundo, como o fizeram os filósofos escravocratas, feudais e burgueses – eu acrescentaria os teólogos e esses “santinhos” que vivem berrando para que Deus nos socorra sem nada fazerem para mudar o mundo – mas há que transformá-lo.

Desde cedo no meu ministério e nas salas de aula trato de pessoas concretas e sociais, não como almas descarnadas e abstratas. As pessoas reais vivem nas cidades, num País e dependem de uma Pátria. Sem isso morrem por mais fé e fanatismo que tenham.

Portanto, não sãos os fascistas, os ignorantes e os direitistas que me guiam, mas meu povo a quem me dedico, principalmente nessa conjuntura de crise que se agrava.

Sou educador e palestrante que olho nos olhos das pessoas nos auditórios para acolher também seus movimentos corporais. Não raro percebo audiências boas que se incomodam quando me refiro ao impeachment da Presidenta Dilma Rousseff como golpe dado pelas manobras silenciosas do imperialismo em conluio com os corruptos mais sujos e covardes do parlamento, do judiciário e da polícia federal.

Tenho muitos amigos e amigas que ainda acreditam que tudo isso não é golpe porque as instituições funcionam normalmente no Brasil. Outros, os honestos intelectualmente, já começam a se dar conta de que tenho razão e contatam para aprofundar a análise.

Aí é que está. As instituições funcionam com aparência de normalidade, mas, na verdade, são usadas para o golpeamento dos projetos anteriores de independência do Brasil, expressos na aliança com os povos fora do alinhamento estadunidense. A Câmara dos Deputados e o Senado Federal estão nessa linha de utilização, o STF, a PGR, o Banco Central, o governo federal e instâncias inferiores, como a republiqueta de Curitiba com o “seo” Sérgio Moro e, agora, as eleições municipais são todos manobrados para aprofundar o golpe e nos destruir. Basta que nos informemos com isenção da intoxicação da mídia tradicional, com humildade, com patriotismo e honradez para conhecermos a realidade em que nos meteram.

Pois uma das fontes importantes, que interessa muito à independência do Brasil em relação à política externa dos Estados Unidos, diante de quem se ajoelha o desgoverno golpista e traidor de MiShel Temer, acaba de confirmar o que sempre denuncio aqui. Houve golpe sim!

Um dos mais importantes senadores, Konstantin Kosachev, com a autoridade de presidente do Comitê Internacional da Federação Russa, denunciou com todas as letras que o golpe no Brasil teve a intervenção dos Estados Unidos.

Durante um encontro com jovens representantes de círculos político-sociais e mídia dos países da América Latina e Espanha, realizada dia 06 em Moscou, um dos representantes do Brasil expressou a opinião que a destituição de Dilma Rousseff do cargo de presidente poderia ter sido realizada com participação dos EUA, que estão interessados em receber recursos energéticos do Brasil.” A isso acrescentou Konstantin Kosachev: “Estou pronto a compartilhar suas avaliações de que a mudança de poder no Brasil não podia ser realizada sem uma intervenção externa”.

Uma das causas da intervenção imperialista, descarada e sem vergonha, contando com corruptos e traidores brasileiros, que sabiam e sabem da sujeira de que participaram e participam, é exatamente a política independente do Brasil na perspectiva multipolar representada pela aliança Brasil, Rússia, China e África do Sul (BRICS) e pelos polos latino americanos independentes, que sepultaram a ALCA, amparada pelos Estados Unidos, que encaminhava a criação do Banco BRICS em substituição ao FMI e ao Banco Mundial, controlados pelos Estados Unidos (lê mais aqui).

Para os Países aliados essa independência redundava em qualidade de vida e justiça social para seus povos.

As eleições de 02 de outubro refletem o golpe através do eleitorado manobrado pelos corruptos e sua campanha cínica contra a corrupção. O que saiu das urnas foi a vitória dos candidatos mais envolvidos em atos de corrupção. A tática é parte do golpe e sua campanha despolitizante pela mídia subalterna e mentirosa (o meu vídeo mostra isso aqui). A vitória arrasadora do “ninguém” elegeu aventureiros, privatistas e inimigos dos direitos humanos e sociais. O preço que nosso povo pagará, como sempre, será de altíssimo custo social e humano. Quem viver verá! Infelizmente tem que se dizer isso, até porque o índice de suicídios aumenta, graças ao desespero da decadência.

Nunca é demais pensar que não há outro caminho se não o da desacomodação para o ingresso na luta, que passa pela unidade para derrubarmos o golpe, expulsarmos os traidores e vendilhões e aprofundarmos estruturalmente as mudanças aqui no Brasil e no mundo.

Fora Temer! Abaixo o golpe!


Gerson Salvador: Como ficará o acesso a novos tratamentos, se o dinheiro do SUS estiver congelado? Vaga em hospital será luta fratricida!

http://www.viomundo.com.br/denuncias/%C2%A0http://www.viomundo.com.br/denuncias/medicos-de-sp-a-pec-241-diminuira-os-recursos-para-a-saude-publica-teremos-colapso-na-assistencia-a-saude-e-colapso-social.html

domingo, 30 de outubro de 2016

Confronto entre Congresso e Judiciário ainda deve se agravar - Jânio de Freitas.

Sensor publica coluna de Janio de Freitas na Folha. Transcrito no Conversa Afiada. 


O confronto entre Judiciário e Congresso está destinado a agravar-se, sem que pareça possível levar a algo positivo, de qualquer ponto de vista. O incidente que incluiu Renan Calheiros não foi ocasional, fez parte da tensão entre as duas instituições. Mas não é a causa do agravamento previsível e ameaçador.
Nos dias que precediam o incidente, Sergio Moro deu várias estocadas no Congresso. Como sempre, não falou só por si. Chegou mesmo a um mal disfarçado ultimato. Não foi em entrevista ligeira, pouco pensada. Foi na Assembleia Legislativa do Paraná que concitou o Congresso a "mostrar de que lado se encontra nesta questão" –a corrupção.
Quatro dias antes, Moro dirigia-se a juízes e servidores do Paraná ao dizer que, se aprovado o projeto contra abuso de autoridade (não só de magistrados), a decisão do Congresso "vai ser um atentado à independência da magistratura". Tidas mais como provocações do que defesa de ideias, as investidas de Moro têm exacerbado irritações, no Congresso, a ponto do senador Aloysio Nunes Ferreira, do PSDB a serviço de Temer como líder do governo, dizer que "Moro se considera o superego da República".
O juiz de primeira instância que se sobrepôs ao Supremo Tribunal Federal e ordenou a ação policial no Senado agiu, no mínimo, sob influência da autovalorização que juízes e procuradores fazem, no caso combinada com o desprestígio do Congresso. Fez útil demonstração para aferir-se o ponto em que está a desarmonia funcional e institucional de Judiciário e Congresso. Como antecipado pela própria presidente do Supremo, com a reafirmação do radicalismo corporativo exposto, para muitos pasmos, já no discurso de posse.
É nesse ambiente que os congressistas estão para injetar dois excitantes poderosos. São os processos de votação, com as discussões preliminares e emendas, do projeto contra abuso de autoridade, proposto pelo Senado; e do projeto de pretensas medidas de combate à corrupção, de iniciativa da Lava Jato e complacente com abusos de autoritarismo.
Moro dá a entender que pode admitir alguma emenda nos dez pontos originários do seu grupo. Mas Deltan Dalagnol dá o tom da exigência beligerante: as dez medidas devem ser "aprovadas em sua totalidade". Explica: "Para trazer para o Brasil o que existe em países que são os berços da democracia mundial". Mas não explicou o que é isso –democracia mundial.
Democracia alguma tem leis que permitam práticas abusivas de policiais, procuradores e juízes se feitas com "boas intenções", como quer o projeto da Lava Jato. Muitas "democracias" têm CIA, M-15, M-16, Mossad; outros têm NKVDs variados. Por aqui já tivemos DOI-Codi, SNI, esquadrões da morte oficializados. Todos esses na criminalidade inconfessa como parte da hipocrisia "democrática", e não de imoralidade legal.
Tudo indica que os dois projetos recebam emendas que lhes excluam fugas ostensivas e autoritarismos covardes. Para obter o que quer, porém, a Lava Jato não pôde evitar alguma perda de controle das delações. E isso muda a divisão de forças na Câmara e no Senado, em vários aspectos. Um deles, referente ao Judiciário, à Lava Jato e a determinadas legislações. A propósito, já se leu ou viu que Romero Jucá fez escola com sua convocação para "acabar com essa sangria" de tantas delações.
De outra parte, tudo indica que os contrariados pelas emendas, frustrados nesse capítulo dos seus planos tão pouco ou nada brasileiros, adotem formas de acirrar as tensões e os enfrentamentos, como réplica ao Congresso. E o façam de acordo com as liberdades extremadas e as prepotências que se permitem.
Perspectivas, portanto, que não fogem à regra do Brasil atual. Quando o que é dado como favorável é infundado.

Chico Buarque - Vai Passar

https://youtu.be/P6C5bZOr3xQ

Lava-Jato cria legião de desempregados

Por Bepe Damasco, em seu blog. Extraído do blog do Miro                                                                        

Uma das muitas notas divulgadas pelo Instituto Lula, para se defender da caçada contra o ex-presidente, relata a preocupante ignorância revelada por delegados e procuradores que conduziram seus interrogatórios.

Esses graduados agentes públicos não sabem o que é um governo de coalizão e nada entendem sobre alianças políticas e coligações. Como só conseguem enxergam a política através da lente turvada da criminalização, tudo está contaminado pela corrupção: discurso, medida provisória, projeto de lei, etc.

Em alguns interrogatórios, cujos vídeos vazaram na internet (duvido que em qualquer outro país o próprio Judiciário alimente a imprensa com imagens de depoimentos de réus), o juiz Moro fez jus à sua fama de iletrado, revelando-se incapaz de entender o que é um trabalho de consultoria e análise de cenários para prospecção de negócios, com foco na conjunturas política e econômica. O ex-ministro José Dirceu tentou, didaticamente, explicar-lhe. Em vão.

A Lava Jato dizimou o setor de petróleo e gás, fazendo com que a indústria naval brasileira retrocedesse aos tempos de FHC. Isso jogou fora toda a política de revitalização dos governos Lula e Dilma. Para se ter um ideia, a indústria naval do Rio, na era petista, saltou de 4 mil empregos para 40 mil. O quadro de 2016, no entanto, é terrível, com estaleiros fechados, trabalhadores desempregados e não pagamento de verbas rescisórias.

Enquanto isso, os procuradores do Ministério Público fazem de tudo para dificultar os acordos de leniência, mecanismo usado no mundo todo para punir executivos de companhias envolvidos em corrupção, mas preservar as empresas e, principalmente, o emprego, o ganha pão das famílias. Os jovens da força-tarefa da República de Curitiba vivem se vangloriando de que sua cruzada para salvar o país das sujeiras do submundo da política já logrou recuperar 20 bilhões de reais para os cofres públicos.

Se fossem minimamente iniciados em economia, os paladinos da moralidade fariam as contas e descobririam que a Lava Jato já deu um prejuízo de mais de 100 bilhões ao país. Sem segurança jurídica, o empresário não arrisca seu dinheiro. Com a grande chance de seu investimento parar nas páginas policiais, o capitalista se retrai. A política de esfacelamento da Petrobras levada adiante pelo governo golpista, por sua vez, impede novas encomendas, congelando investimentos.

E quem paga a conta é o trabalhador, perdendo seu emprego e vendo seus filhos passarem toda sorte de privações. Recebendo, fora os penduricalhos, R$ 30 mil de salário, procuradores e juízes da Lava Jato não estão nem aí para o drama dos que constroem a riqueza do Brasil. Já são mais de 200 mil postos de trabalho levados de roldão pela Lava Jato sem que algum dos integrantes midiáticos da República de Curitiba tenha vindo a público para, pelo menos, manifestar preocupação com esse grave problema social.

Sempre ouvi falar que concursos para a PF, MP e Judiciário são verdadeiros funis, com grau máximo de dificuldade para aprovação. Hoje, me pergunto: que diabo de provas são essas que despejam em funções públicas tão importantes jovens despreparados em economia, política, mundo do trabalho e história? Estamos ferrados.

Não há dignidade para quem é açoitado pela fome.




                                                                                                 *José Álvaro de Lima Cardoso.
       Em setembro de 2014 o Brasil foi felicitado com a mais importante notícia das últimas décadas. Um relatório da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO, na sigla em inglês) dava conta que o país havia sido retirado do Mapa da Fome da ONU, em função dos resultados obtidos na área. Segundo a FAO, o Brasil reduziu em 75% a pobreza extrema, definida como o número de pessoas com renda inferior a US$ 1 ao dia, entre 2001 e 2012. Desde 1990, até 2012, o percentual dos brasileiros que passam fome caiu de 14,8% para 1,7% da população, equivalente a 3,4 milhões de pessoas.
         Essa conquista encheu de orgulho o peito de qualquer brasileiro que se preza. Nenhum tão orgulhoso, é verdade, se ainda estivesse conosco, quanto o grande Josué de Castro, médico, geógrafo e professor, que dedicou quase toda a sua vida ao estudo e combate à fome. Os impressionantes resultados obtidos pelo Brasil na área decorreram de um conjunto de políticas e ações integradas, empreendidas pelo Estado brasileiro: Expansão da oferta de alimentos. Inclusive com forte ampliação do crédito; aumento da renda dos mais pobres com o crescimento real de 71,5% do salário mínimo e geração de 21 milhões de empregos; programa Bolsa Família, que atende atualmente 14 milhões de famílias; merenda escolar, que alimenta 43 milhões de estudantes de escolas públicas todos os dias.
        Resultados robustos como estes não caem do céu. A elevação da segurança alimentar da população é efeito da combinação de políticas macroeconômicas, sociais e agrícolas, como geração de empregos, aumentos reais do salário mínimo e políticas de expansão do crédito. Entre as que mais contribuíram para a redução está o fortalecimento da alimentação escolar e programas que beneficiam os agricultores familiares (responsáveis por 70% do consumo de alimentos no país), um dos mais atingidos pela falta de garantia de renda. O Programa Fome Zero também foi fundamental porque colocou a questão da segurança alimentar no centro da agenda política do país. Para essa conquista foram essenciais também os programas de erradicação da extrema pobreza, o fortalecimento da agricultura familiar e as redes de proteção social como medidas de inclusão social. As políticas de combate à fome foram, a partir do Governo Lula, elevadas à condição de políticas de Estado, inclusive através de regulamentação legal.
        Segundo a ex-ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome, Tereza Campello, com a PEC 241, conhecida como PEC da Morte, chegaríamos em 2036, na melhor das hipóteses, com recursos que tínhamos no início dos anos de 1990 para o combate à fome. A economista observa que a assistência social, dentre todas as políticas, é a mais vulnerável ao sucateamento, pelo fato de que parte da sociedade não a enxerga como um direito e sim como uma “benesse” do Estado. A partir da Constituição de 1988, a assistência social passou a ser política pública, realizada por profissionais preparado e com competência técnica.
        O governo Temer retornou à visão atrasada de que a assistência social é uma ação filantrópica, que depende do nível de bondade da primeira dama. Com a PEC 241, de forma cruel, enterra-se todas as complexas e exitosas políticas de Estado que o Brasil vinha desenvolvendo durante décadas no combate à fome, em benefício de uma política reacionária, típica do Brasil dos anos de 1950. É a visão de que a culpa do cidadão ser pobre e passar fome é exclusivamente sua, por não ter se esforçado e aproveitado as oportunidades.
     Com o golpe de Estado em curso, todas as grandes conquistas em área tão sensível como a erradicação da fome, correm risco real e imediato. Por isso se diz que um dos objetivos da PEC da Morte, que é a mais completa tradução do golpismo, é ferir a soberania do Brasil. Nada mais eficiente para enfraquecer a soberania nacional do que aumentar o contingente de brasileiros que passa fome. A natureza da referida PEC é justamente diminuir a eficácia do Estado e transferir o ônus da crise para o povo, especialmente seus segmentos mais pobres. Em benefício, claro, dos ricos e dos rentistas. Não existe soberania nacional sem dignidade; não existe dignidade para quem passa fome.  Um país só é soberano, se isso representar uma vida melhor para o povo, não há país soberano tendo um povo miserável e inculto.

                                                                                                       *Economista.

Caixa dois para ministro das Relações Exteriores, José Serra (PSDB), foi pago em conta na Suíça

https://www.facebook.com/enioverri/videos/892062857590458/

Por que Aécio se esconde nas horas difíceis - Por Paulo Nogueira.

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/por-que-aecio-se-esconde-nas-horas-dificeis-por-paulo-nogueira/

STF: a corte que toda semana elimina um direito da população

http://www.ocafezinho.com/2016/10/30/stf-corte-que-toda-semana-elimina-um-direito-da-populacao/

Janaina não foi ao ato pró-Trump na Paulista


Por Altamiro Borges, em seu blog

Cerca de vinte aloprados promoveram neste sábado (29) um ato em apoio ao ricaço Donald Trump, candidato à presidente dos EUA, na Avenida Paulista. A grotesca manifestação terminou em confusão e quatro pessoas foram detidas pela Polícia Militar. Vários presentes vestiam camisetas estampadas com o rosto do deputado Jair Bolsonaro e levavam cartazes com dizeres como “Hillary is the American Dilma” (Hillary é a Dilma americana) e “Obama and Hillary created Isis” (Obama e Hillary criaram o Estado Islâmico). Já no final do ato, por volta das 16 horas, houve um confronto em frente ao Masp com um grupo de manifestantes antifascistas e a polícia interveio.

O ato pró-Trump foi organizado pelo grupelho direitista “Juntos pelo Brasil”. Segundo um dos seus líderes, “Trump é uma resposta da sociedade americana ao projeto esquerdista de Hillary e Obama”. Pausa para a gargalhada! Durante a semana, outro aloprado explicou à jornalista Talita Marchao, do site UOL, os motivos da manifestação. “Para os organizadores do ato, a vitória do magnata na eleição presidencial dos EUA seria benéfica para o Brasil. Além disso, Trump teria semelhanças ao deputado federal Jair Bolsonaro (PSC-RJ). A avaliação é do estudante de direito Dennis Heiderich, 25, do Movimento Juntos pelo Brasil, de orientação conservadora”.

"Trump e Bolsonaro são muito parecidos, principalmente na visão conservadora. O Bolsonaro é até mais conservador, porque defende abertamente a pena de morte, tema que Trump não aborda na campanha. Ambos são conservadores no aspecto moral e liberais no aspecto econômico", explicou. “Heiderich, que chama a candidata democrata Hillary Clinton de ‘Dilma americana’, afirma acreditar que o presidente brasileiro, Michel Temer, teria uma maior afinidade com um governo americano liderado por Trump. ‘Trump defende a reestruturação do sistema capitalista, e isso beneficia muito o Brasil. Agora que a gente conseguiu finalmente derrubar esse governo, o Temer, que não é o presidente ideal, mas está fazendo alguma coisa para recuperar a economia, teria uma aproximação maior com Trump’”.

Para o fascista mirim, “Trump é uma resposta contra as propostas ideológicas da esquerda. ‘A gente entende que Trump é um resgate dos valores americanos que foram deixados de lado nos anos de Obama. Obama buscou uma política ideológica, as relações com Cuba e com países socialistas. Trump vem para fortalecer o capitalismo, para trazer o respeito à polícia, como a gente vê, nos EUA, onde ocorrem ataques de grupos negros contra policiais’, afirma”. Sobre as denúncias de assédio sexual contra Donald Trump, o fascistinha se limitou a dizer: “Isso foi feito bem antes, antes mesmo de ele ser candidato ou de pensar em se candidatar. Ele era só um bilionário".

Diante de tantas besteiras conservadoras, os manifestantes devem ter sentido a falta da “possuída” Janaina Paschoal – ícone da direita nativa. Dias antes, ela andou disparando mensagens apocalípticas nas redes sociais, garantindo que a Rússia estaria prestes a invadir o Brasil. Só faltou pedir socorro às tropas ianques e ao falcão Donald Trump. Os comentários da “advogada do impeachment” viraram motivo de galhofa na internet.
Talvez ela tenha se ausentado do ato porque está metida na preparação do “Foro de Brasília” – uma articulação que visa reunir os fascistas brasileiros em contraponto ao “Foro São Paulo” e que já conta com as presenças confirmadas do “filósofo” Olavo de Carvalho e do deputado federal Eduardo Bolsonaro (PSC-SP). Com certeza, os malucos da Avenida Paulista serão convidados!

Temer ironiza protestos. Pode se ferrar!

Por Altamiro Borges

O Judas Michel Temer está com a sua popularidade no esgoto, como atestam várias pesquisas. Ele também é rejeitado em todos os fóruns internacionais, aparecendo na rabeira nas fotos oficiais. Nos bastidores, alguns “aliados” já preveem o fim do seu reinado ilegítimo. Mesmo assim, o usurpador tenta posar de valentão diante dos holofotes da mídia chapa-branca. Na quinta-feira passada (27), durante um evento que reuniu a elite patronal para anunciar o parcelamento das dívidas tributárias – mais um presente para os ricaços que financiaram o “golpe dos corruptos” –, ele fez questão de ironizar um protesto de sindicalistas contra o desmonte das leis trabalhistas diante do Palácio do Planalto. Arrogante e presunçoso, ele provocou:

“Neste auditório, nós ouvimos palavras de incentivo e aplausos entusiasmados. E eu verifico que lá fora estão aqueles que não puderam entrar. Com as suas vuvuzelas, eles também aplaudem este grande momento. Quem sabe, quando os senhores saírem, poderão arrumar um emprego para aqueles que estão lá fora. Acho que é uma fórmula muito adequada”. A provocação gratuita, porém, pode indicar a total fragilidade do usurpador. Geralmente, quem arrota muita valentia é porque está morrendo de medo. Nos últimos dias, as centrais sindicais intensificaram os preparativos para novos protestos no Brasil. Até os oportunistas que apoiaram o impeachment de Dilma estão indignados com as propostas de reforma trabalhista e previdenciária do covil golpista.

Com o crescimento dos protestos de rua, as fraturas no pacto golpista e as denúncias de corrupção no covil, quem poderá ficar desempregado é o Judas Michel Temer. Em sua coluna na Folha na quinta-feira passada (26), a jornalista Mônica Bergamo evidenciou que a situação do usurpador é delicada. “A possibilidade do governo de Michel Temer (PMDB-SP) não conseguir atravessar a turbulência da delação premiada da empreiteira Odebrecht passou a ser considerada e discutida entre as lideranças de partidos diversos como o PSDB e o PT. Alternativas a Temer passaram a ser aventadas e até nomes que poderiam ser eleitos pelo Congresso Nacional, num pleito indireto, em 2017, são citados. Entre eles está o de Fernando Henrique Cardoso e até o de Nelson Jobim, ex-presidente do Supremo Tribunal Federal”.

“As dúvidas em relação à capacidade de Temer aguentar o maremoto que se anuncia surgiram depois de informações de que a delação da empreiteira pode atingir os três principais auxiliares do presidente: Eliseu Padilha, ministro da Casa Civil, Geddel Vieira Lima, da Secretaria de Governo, e Moreira Franco, do Programa de Parcerias de Investimentos. O próprio Temer estaria citado. A delação, que deve ter mais de uma centena de parlamentares citados, pode incluir também o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ), segundo pessoa próxima às negociações da empresa com o Ministério Público Federal. Ele não se manifesta”. O Judas Michel Temer que se cuide!

Serra trocou o sonho da presidência pelo medo de ser preso

http://www.diariodocentrodomundo.com.br/finito-serra-trocou-o-sonho-da-presidencia-pelo-medo-de-acordar-com-o-hipster-da-federal-por-kiko-nogueira/

sábado, 29 de outubro de 2016

"Cuba hoje tem índices de saúde até melhores que os EUA ou Europa, Cuba é o país com maior taxa de médicos per capita do mundo.

https://www.facebook.com/ESQUERDA.ESQUERDA.COM.BR/videos/1726702737599829/

Uma justiça para Vaccari. Outra para Cunha

Najla Passos, na Carta Maior

postado em: 26/10/2015
Coordenadora financeira do Centro Sindical das Américas, Marice Corrêa de Lima estava no Panamá, participando de um congresso da entidade, no dia 15 de abril deste ano, quando tomou ciência de que sua prisão temporária havia sido decretada pelo juiz Sérgio Moro, responsável pela Operação Lava Jato. Foi quando ela soube também que seu cunhado, o ex-tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, havia sido preso e sua irmã e esposa dele, Giselda de Lima, cumprira mandado de condução coercitiva.

Dada como foragida, Marice só soube das provas que pesavam contra ela dois dias depois, quando retornou ao país e se apresentou espontaneamente à Polícia Federal: o Ministério Público Federal (MPF) a identificou como a mulher que aparecia em imagens cedidas pelo Banco Itaú efetuando depósitos na conta de sua irmã, Giselda, em duas agências da capital paulista. Foi o suficiente para o juiz Sérgio Moro acatar a tese de que ela estaria ajudando Vaccari a lavar o dinheiro oriundo da corrupção.

No dia 20, o MPF chegou a pedir a conversão da sua prisão temporária em preventiva, para que ela ficasse detida por tempo indeterminado. "Tudo indica que Giselda [mulher de Vaccari] recebe uma espécie de 'mesada' de fonte ilícita paga pela investigada Marice, sendo que os pagamentos continuam sendo feitos até março de 2015. Nesse contexto, a prisão preventiva de Marice é imprescindível para a garantia da ordem pública e econômica, pois está provado que há risco concreto de reiteração delitiva", sustentaram os procuradores.

Marice negava. Mas o juiz Sérgio Moro estendeu a prisão temporária dela, que vencia no dia 20, por mais cinco dias. Ele teve que voltar atrás no dia 23, liberar a investigada e reconhecer o erro primário: uma perícia feita pela PF comprovou que não era Marice que aparecia nas imagens, mas a própria Giselda. A frágil prova jurídica apresentada pelo MPF, acatada pelo juiz e amplamente divulgada pela imprensa caíra por terra. “Elas são muito parecidas”, desculparam-se procuradores e juiz.

Dois pesos e uma medida

Situação bem diversa vive a família do presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), também acusado de envolvimento no mesmo esquema da Petrobrás, investigado pela mesma Operação Lava Jato. No dia 20 de agosto, a Procuradoria Geral da República (PGR) encaminhou ao Supremo Tribunal Federal (STF) um pedido de abertura de investigação contra o presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), acusado de receber pelo menos US$ 5 milhões em propinas de uma empresa contratada pela estatal.

Na denúncia, a PGR pede que ele seja condenado por dois crimes de corrupção passiva e 60 operações de lavagem de dinheiro. Isso mesmo: 60 operações de lavagem de dinheiro.  E não se tratam de depósitos fracionados em agências bancárias do Itaú, aqui mesmo no Brasil, mas de um esquema sofisticado que envolve contas em paraísos fiscais, empresas offshores e até a utilização de doações à igreja Assembleia de Deus de Madureira, no Rio de Janeiro, frequentada por Cunha.

Quatro das contas utilizadas por Cunha e seus familiares estão registradas no banco suíço Julius Baer. Três delas em nome de empresas offshores ligadas diretamente ao presidente da Câmara. Uma quarta aparece com o nome fantasia KOEK, mas um dossiê encaminhado pelo Ministério Público Suíço às autoridades brasileiras comprova que sua titular é a ex-apresentadora da TV Globo, Cláudia Cruz, esposa de Cunha. Uma das filhas do casal é registrada como dependente. Conforme o MP suíço, as quatro contas registraram entrada de cerca de R$ 31,2 milhões e saídas de R$ 15,8 milhões, entre 2007 e 2015, em valores corrigidos.

A conta movimentada por Cláudia vem sendo usada para sustentar, com o dinheiro da corrupção, alguns luxos pouco comuns à imensa maioria dos brasileiros. De janeiro de 2013 a abril de 2015, ela cobriu US$ 525 mil em débitos de um cartão de crédito. Outros US$ 316,5 mil foram destinados ao pagamento de um segundo cartão, em quatro anos. Uma famosa academia de tênis da Flórida, a IMG Academies, recebeu US$ 59,7 mil do montante. A família destinou US$ 8.400 à escola inglesa Malvern College e transferiu US$ 119,7 mil para a Fundacion Esade, da Espanha.

O processo contra Cunha foi parar no STF porque ele tem direito a foro privilegiado, o que não é o caso de Cláudia. As investigações contra ela, se é que já foram transformadas em denúncia, continuam na justiça comum, ou seja, nas mãos de Sérgio Moro, aquele rápido o suficiente para mandar prender a cunhada de Vaccari antes de saber se era ela, de fato, nas imagens que sustentavam a decisão.

O curioso é que mesmo com todas as provas enviadas ao Brasil pelas autoridades da Suíça, não se tem notícia de que ele sequer a tenha convocado para depor. Antes da PGR receber o dossiê do MP suíço sobre o casal, nenhuma acusação contra ela foi vazada para a imprensa. Será que o juiz que decretou a prisão da cunhada de Vaccari no afogadilho, com base em imagens que nem eram delas, não quer se arriscar a incomodar a mulher do poderoso chefe da Câmara?

Debate jurídico

Os erros, atropelos e excessos cometidos no âmbito da Operação Lava Jato têm suscitado um amplo debate jurídico no país. Há quem aplauda e quem condene o estilo do juiz Sérgio Moro de conduzir o processo. O que ninguém discorda é que - para usar um termo que se tornou bastante usual no mundo jurídico desde o chamado mensalão – ele esteja “inovando” em matéria legal. E o caráter seletivo de suas ações é, sem dúvida alguma, parte fundamental desta “inovação”.

Em palestra na capital norte-americana, no último dia 19, o presidente do STF, ministro Ricardo Lewandowski, declarou que a Lava Jato é uma “revolução” no país. “As investigações têm sido muito bem conduzidas. Nós temos algumas sentenças, sentenças muito duras, alguns dos altos executivos do Brasil já foram condenados a passar 15 ou 20 anos na cadeia. É realmente algo novo", disse ele.

Mas há também quem conteste o estilo Moro. No dia 10 de outubro, em seminário promovido pela OAB, o ministro do Superior Tribunal de Justiça (STJ), Sebastião Reis, criticou duramente a banalização de uma das principais “inovações” introduzidas pela operação: a utilização da delação premiada como jamais visto antes no país. “A delação está sendo banalizada. Tem mais colaborador do que réus na ‘lava jato’”, afirmou.

Ele também destacou que o instrumento gera seletividade nas condenações. “O Estado está abrindo mão do direito de punir em troca da condenação de três, quatro pessoas”, ressaltou. E condenou o vazamento seletivo das delações para a imprensa que, segundo ele, prejudica a defesa dos citados e pressiona os juízes que atuam no caso a condenarem os acusados.

Uma pesquisa realizada pela revista Consultor Jurídico e divulgada no último dia 15 mostrou que todas as delações firmadas no âmbito da Lava Jato violam a Constituição e as leis penais. A revista analisou 23 acordos homologados por Moro e descobriu que eles preveem, por exemplo, que nem mesmo os advogados de defesa tenham acesso às transcrições dos depoimentos do delator, que ficam restritas ao Ministério Público Federal e ao juiz, o que viola o principio do contraditório e o direito à ampla defesa.

O estudo também mostra que os acordos impedem os delatores contestarem suas sentenças judicialmente, o que viola o direito de ação (artigo 5º, XXXV), que assegura que nenhuma lesão ou ameaça a direito pode ser excluída da apreciação do Judiciário. E ainda que, tal como o Ato Institucional nº 5, editado durante a ditadura militar, os acordos da Lava Jato vedam completamente aos réus a possibilidade de impetração de habeas corpus, entre outras críticas apontadas.

Operadores do direito têm criticado também a mão pesada e seletiva do juiz Sérgio Moro para determinar prisões, ainda que de forma diferente para os diferentes envolvidos,  no país que vive o dilema de possuir a quarta maior população carcerária do mundo e desrespeita com frequência as garantias individuais previstas pela própria Constituição. Não por acaso, por conta da sua atuação na Lava Jato, Moro virou o garoto-propaganda de um projeto de lei apresentado pela Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe) ao Senado que prevê a prisão de réus condenados em 2ª instância antes mesmo da conclusão do devido processo legal.

Em audiência pública realizada pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) para debater a proposta, ele foi rechaçado por seus pares, que defenderam é possível avançar no combate à corrupção sem reduzir as garantias individuais previstas na Constituição. No debate, o juiz Rubens Casara, especialista em direito processual penal, que citou diretamente a Lava Jato ao operar suas críticas ao projeto defendido por Moro, lembrou que tanto no fascismo clássico italiano, quanto no nazismo alemão e no stalinismo soviético, a presunção de inocência foi relativizada.

O magistrado não tocou no episódio que envolveu Marice e nem em nenhum outro, mas sustentou que a presunção da inocência é importante porque os juízes erram muito e por motivos diversos. Entre eles, citou, inclusive, a pressão da mídia e o medo de serem tarimbados como “petralhas”. “Falta coragem para decidir contra a opinião pública, que muitas vezes não passa da opinião publicada pela imprensa”, ressaltou.

Elmir Duclerc Ramalho Junior, promotor na Bahia e professor de direito processual penal, reforçou que o projeto - inspirado na atuação de Moro na Lava Jato – está impregnado pelo autoritarismo. “Há uma tendência autoritária perigosa que lembra, sim, períodos autoritários da história da humanidade”, afirmou. Ele destacou que a população carcerária brasileira cresceu 16 vezes mais do que a população do país. “Não há malabarismo hermenêutico possível para dizer que não há a incorporação de um pensamento autoritário neste projeto”, disse.

Professor de Criminologia da Faculdade de Direito da USP, Maurício Stegemann Dieter fez uma das críticas mais agressivas ao projeto e ao seu garoto-propaganda. De acordo com ele, o projeto está centrado em uma espécie de “populismo midiático”, que dispensa o conhecimento científico para se calcar no senso comum. Ele lembrou que nunca se prendeu tanta gente na história do país, inclusive gente do andar de cima, como políticos e donos de empreiteiras. Por isso, ele classifica como delírio a premissa que embasa o projeto e o discurso de  Moro: a de que o “Brasil é o país da impunidade”.

Um quase epílogo

No dia 20 de setembro passado, João Vaccari Neto foi condenado por Moro a 15 anos e quatro meses de prisão pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e associação criminosa, pelo recebimento de pelo menos R$ 4,26 milhões em propina de contratos da Petrobras. Mas como os processos da Lava Jato correm em segredo de justiça e a imprensa só tem acesso ao que convém para seus condutores, ainda é difícil saber se há, de fato, provas contra Marice e Giselda, como sustentava o MPF em abril deste ano.

Pode ser que sim. A revista Veja, um dos veículos presenteados com vazamentos seletivos do processo, diz que, entre 2008 e 2014, entraram R$ 322,9 mil na conta de Giselda, em vários depósitos parcelados. Segundo O Estado de S. Paulo, outro destinatário dos vazamentos seletivos, Marice teria recebido, em dezembro de 2013, propina da empreiteira OAS, alvo da investigação sobre corrupção e desvios na Petrobrás. Mas ambos os veículos também disseram que Marice era a mulher que aparecia fazendo depósitos nas agências do Itaú. Então, fica difícil ter certeza de qualquer coisa.

Mesmo atolado em denúncias de corrupção, manobras e desmandos de todo tipo, Cunha continua presidindo a Câmara dos Deputados do país. É o segundo na linha de sucessão da presidenta Dilma Rousseff e o homem que irá decidir se o parlamento acolherá ou não seu pedido de impeachment, como pleiteia a oposição.  O processo contra ele continua a tramitar no STF, agora sob sigilo. Partidos como o PSOL, Rede, PT e PSB já pediram a cassação do seu mandato, mas ele se recusa, inclusive, a deixar a presidência da Câmara. De Cláudia Cruz, não se tem nenhuma noticia. Continua livre, leve e solta.




“Delação premiada” na Conjuração Baiana de 1798

http://www.carosamigos.com.br/index.php/colunistas/198-emiliano-jose/8248-delacao-premiada-na-conjuracao-baiana-de-1798

Transpetro cancela 17 navios que seriam construídos em programa de expansão da frota (estava escrito nas estrelas)

Transcrito do blog O Cafezinho



Programa previa 46 embarcações, tendo em vista que 17 foram entregues e 9 estão em construção
na Reuters
A Transpetro, subsidiária da Petrobras, cancelou a construção de 17 navios no âmbito do seu Programa de Modernização e Expansão da Frota (Promef), em meio aos cortes bilionários de investimentos de sua controladora, afirmou nesta quinta-feira o presidente da Transpetro, Antonio Silvino.
O programa, que previa a construção de 46 navios, foi um dos principais programas do governo Lula para a recuperação da indústria naval e geração de emprego e renda no país.
"Estavam contratados, mas nós decidimos rescindir os contratos", afirmou Silvino a jornalistas, após apresentar uma palestra no congresso Rio Oil & Gas, no Rio de Janeiro.
Silvino destacou que outros três navios também poderão ser cancelados, uma vez que estão em construção no estaleiro Eisa Petro 1, que passa por dificuldades financeiras.
Ao todo são 46 navios no Promef: 17 foram entregues, 17 que ainda não tinham obras iniciadas foram cancelados, 3 podem ser cancelados (no estaleiro Petro Eisa 1) e 9 estão em construção em outros estaleiros.
Entretanto, o executivo frisou que ainda busca aumentar o fornecimento de serviços para a Petrobras, o que pode acontecer por meio de afretamento de navios. Segundo o presidente, a Transpetro só transporta 38 por cento do volume marítimo que a Petrobras contrata de cabotagem.
"O fato de cancelar 17 navios não quer dizer que não vai ter mais navio, estamos agora avaliando contratar mais navios... de cabotagem para afretar para a Petrobras", afirmou.
MOMENTO DE TRANSIÇÃO
Também em virtude do corte de investimentos da Petrobras, a Transpetro vai buscar se tornar mais competitiva para atrair novos clientes no mercado além de sua controladora, segundo o presidente.
"Diante das perspectivas que nós vemos da Petrobras diminuindo investimentos... a Transpetro vem se posicionando para ser uma empresa cada vez mais enxuta em termos de competitividade para quando chegarem novos agentes, para cobrir esses investimentos que a Petrobras não vai fazer... que a gente possa estar pronta para atender, para competir", afirmou Silvino.
A subsidiária da Petrobras está negociando um contrato de operação e manutenção com um consórcio liderado pela canadense Brookfield, que adquiriu da Petrobras 90 por cento da unidade de gasodutos Nova Transportadora Sudeste (NTS) da petroleira, afirmou o executivo.
Silvino evitou comentar quais os planos da Petrobras para a Transpetro em meio ao plano de venda de ativos bilionário da empresa. Contudo, disse que se a visão da Petrobras é se manter como uma empresa integrada de óleo e gás, da qual a Transpetro faz parte.

O MBL e sua nova faceta: milícia a serviço da PEC 241. Quem está pagando?

http://aesquerdavalente.blogspot.com.br/2016/10/o-mbl-e-sua-nova-faceta-milicia-servico.html

quarta-feira, 26 de outubro de 2016

Mais lutar que temer - Dinovaldo Gigioli



Mais lutar que temer

Não me escondo entre biombos
me tinjo de verde e amarelo se for preciso
não escondo os dentes e o riso
coloco o dedo em riste nessa fanfarronice

O povo deseja real mudança e não falácias do planalto
donos do poder não querem que chegue a nossa vez
está tudo contaminado do senador ao deputado
do presidente golpista aos ministros da retrógada política

Não se deixe iludir por promessas envernizadas
em molduras de cetim realimentam seus cupins
para além das aparências trapaceiam indecências
em nome da austeridade negociam até nossa identidade

Trabalhador consciente não se faz de rogado
tem que saber e muito bem qual é o seu lado
quando aperta o cinto sente o que tem sentido
mas precisa enxergar muito além do umbigo

Vendem a falsa esperança de que um dia a gente alcança
queremos é agora nesse instante o futuro está distante
tentam nos ludibriar com palavras enfeitadas
mas de longe conhecemos essas bocas escancaradas

Sabemos que é difícil superar o que está colocado
precisamos estar mais atentos e lado a lado
abaixo a prepotência a arrogância e a falsa modéstia
enquanto distribuem migalhas os de cima fazem a festa

Vamos pra luta se juntar em qualquer tempo e lugar
trabalhador aposentado estudante desempregado
estamos todos no mesmo barco estamos fartos
chega de divisão da míope visão sectária

Precisamos de todos os braços
precisamos de muitos abraços
de afeto companheirismo solidariedade
precisamos de imensa vontade pra mudar de verdade

 Dinovaldo Gilioli é escritor