terça-feira, 6 de fevereiro de 2018

O chapéu-coco do Agenor

A historinha abaixo, que é sensacional, copiei de correspondência enviada pelo meu colega, Clemente Ganz Lúcio
“Para evitar que as bolotas de cimento lhe caíssem sobre o cocuruto e lhe sujassem os cabelos, Agenor recorreu ao anteparo de um chapéu-coco. Gostou tanto do adereço que, ao final de cada expediente, limpava-o com uma escova de sapatos e continuava a mantê-lo sobre a cabeça. Era assim, ostentando o chapéu como marca registrada, que aparecia fazendo farol nas rodas de samba e malandragem.
Por causa disso, os colegas sapecaram-lhe o apelido chistoso de Cartola.ӧ (199)
Lira Neto, “Uma história do samba: as origens”,
Companhia das Letras, São Paulo, 2017, 342 p.

Nenhum comentário:

Postar um comentário